Um surto de sarna atingiu pelo menos cinco escolas (três municipais e duas estaduais), em Mauá. De acordo com a administração, ao menos 54 crianças e 10 profissionais na área de educação foram afetados, o que preocupa principalmente pais e responsáveis dos alunos matriculados, uma vez que não houve qualquer alteração na rotina dos alunos. Em um mês a Secretaria da Saúde contabilizou 97 casos.
A dentista Simone Oliveira, de 36 anos, conta que sua filha Giovanna, de 10 anos, não vai à Escola Municipal Florestan Fernandes há pelo menos uma semana, por conta do medo de contágio. “Os professores entregaram um bilhete, falaram que estão trabalhando na higienização da escola, mas a preocupação existe. Como vamos ter a segurança que nada vai acontecer com os nossos filhos?”, questiona. Na Florestan Fernandes, ao menos 11 casos de alunos com sarna foram confirmados.
Embora seja altamente contagiosa, a sarna em humanos (escabiose), não tem nada a ver com a sarna em animais, ou seja, um não é transmissível para o outro. A infestação se dá por meio de contato próximo, e de acordo com a Prefeitura, por mais que creches e escolas municipais sigam rígidos protocolos de limpeza e manuseio, a criança infectada transmite com facilidade o ácaro para seus colegas. “Apesar de todas as orientações, ainda é difícil lidar com problemas de higiene das pessoas em regiões de alta vulnerabilidade”, diz a nota.
Para enfrentar a situação, a administração informa que trabalha na força tarefa com promoção de palestras de combate e prevenção a escabiose, a fim de orientar pais e alunos acerca dos sintomas, condições de higiene e proliferação de doenças transmissíveis. Além disso, faz fornecimento do “Kit de combate a escabiose” composto por sabonete, creme e comprimido (medicamento indicado apenas para crianças acima de dois anos).
A equipe de saúde de Mauá orienta ainda que alunos infectados procurem tratamento junto a Unidade Básica de Saúde mais próxima e seja afastado das aulas, em decorrência do alto risco de contágio. A principal orientação é que os pais estejam atentos aos sinais de vermelhidão e coceira nas dobras ou pelo corpo da criança.
FONTE: RD - Repórter Diário
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